quarta-feira, 23 de março de 2011

Te trago margaridas



Com minha voz nas mãos te trago o outono.
Num bailado de tons avermelhados te interrompo.
Roubo delícias da lua.
Colho madrugadas te oferecendo o frio.
Reservo manhãs azuis.
Com minha voz nos bolsos te trago o outono.
Falo em ecos.
Acendo perguntas.
Ilumino tua mudez.
Percebo teu coração com nitidez.
Com minha voz no vento te trago o outono.
Passeio em tua janela te acordando.
Insisto em deixar pegadas no jardim.
Desfolho margaridas em tua escada.
Tapete da minha voz sem mim.


Ou: "Te trago margaridas" 

(suzana)


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