Mira a enseada e o sino daquela igreja.
Gira o corpo e foca a vela do saveiro.
O estaleiro que revive cada embarcação,
arte que brinda o cais,
quilha que abraça o mar.
A tarde é rosa, é roda d água.
Trilha por aquela rua torta e úmida,
traçado labirinto de jasmins e lampiões.
Segura os passos bêbados e perfumados.
Descubra nas esquinas as marcas dos cunhais.
Descansa na soleira daquele botequim.
Perceba aquela telha portuguesa pinta à mão
dividindo com um musgo preguiçoso a ponta de um beiral.
Dança a marrá-paiá na praça da matriz.
Conheça os caiçaras do Pontal.
Vislumbra da janela as mãos no fio que tece ao ar.
Siga o bloco mascarado além do Corumbê.
Na volta pega na gamela o manuê.
Ou "Em Paraty"
(Suzana)
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