quinta-feira, 24 de março de 2011

Papiros



As coisas estão sempre vivas! Como a chama da lareira ou o broto que desponta na floreira. Da sacada vejo a rua acesa, escuto o som da clarineta. Me debruço no que foi teu em mim. Ainda sinto na boca o teu perfume e gosto, ainda mentalizo em torno do teu eu. Ainda todos os fetiches. Ainda todos os colares. Ainda todos os noturnos rituais. Ainda sinto em minha pele tua temperatura, ainda sinto teu ritmo no corpo. Todos os abraços de seda, caminhos revelados no tato de tuas mãos. São minhas as coisas vivas! Sou eu a que registra a história. Sou eu a que de fato cristaliza imagens. Sou eu a que faz poemas da memória desse meu amor que é meu.


Ou...” Papiros”

suzana

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