sexta-feira, 25 de março de 2011

Alma de mim







Minha alma se agita e gira feito um carrossel.
Faz madrugada.
Se apressa em busca da janela e mira a lua.
Quer sair à cata de andarilhos.
Quer comungar o destino dos trilhos.
Dormir na rua.
Revisitar escuros e brilhos.
Está desperta, e faz barulho: "Quieta!"
Derruba copos acordando espelhos delatores.
É alertada pelo coro de dores que se move no silencioso andar dos desamores. Desdenha o vaso de flores, que assustado lhe aconselha rever os talhos,
a frear os desvarios: "Leve um agasalho: está tão frio!"
Minha alma tem fome de rio, e eu vou dormir.
Sei que ela volta.
Vai perguntar a mim aonde ir.

Ou... "Alma de mim"

(suzana)





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