Decolo da pista escura ao cais do porto.
Desafio o rumo do destino.
Desvio do fluxo de estrelas.
Decifro atalhos.
Descarto o manche, a carta, a torre.
Antena em alto mar de ondas sou radar que te caça na imensidão.
Meu foco rastreia e flagra em close o teu verão.
Bomba pulsando em veias de néon.
Lava de vulcão.
Brilho e erupção.
Arrisco acrobacias solitárias.
Procuro descobrir a tua orla num looping suicida.
Perco altura nas esquinas iluminando becos.
Esgoto o tanque visitando espelhos.
Até pousar sem ar no teu hangar vermelho.
(Suzana)
Claro diálogo
- Júlio, mas o que você diz que é estranho?
- Estranho mãe, é o que não brilha.
Júlio aos 3 anos
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