quarta-feira, 23 de março de 2011

Oracular



Enquanto espero vigio as luas.
Cancioneira do tempo revejo cristais polidos de minha alma.
Tatuo vez ou outra alguma aresta.
Ela está lá.
Imutável, silenciosa e escondida.
Imperceptível a olho nu.
Jogo tarô.
O enforcado derruba a torre.
A morte se avizinha da estrela.
O eremita me diz que devo caminhar com energia e coragem em busca de um novo amor.
A justiça sugere que devo abrir meus braços a quem se afastou!
Logo a sacerdotisa me decreta que o desejo de desejar é fundamental.
E os enamorados me alertam que eu boicoto os sinais!
Jogo as runas dos celtas.
Caminho pelos segredos das pedras.
Procuro nas fendas de cada uma delas, a idéia.
Dagaz sussurra que a escuridão está no fim.
Luz do dia.
Amanhecer.
Transformação.
Eihwaz me indica que é tempo de reflexão.
Urus me oferta força nesse rito de passagem.
Thurisaz se junta em defesa e proteção.
Odin surge e me presenteia o nada.
Enquanto espero vigio as luas.
Oráculo de mim mesma.

Suzana (reescrevendo a história)



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