quinta-feira, 24 de março de 2011

Pelas bordas







Aprender a decifrar matizes. Variantes, gradações, combinações de linhas. Tocar e conhecer texturas. E desvendar misturas e nuanças. Bordar olhares sem usar de agulha. Porque o tecido da alma se assusta e se desmancha. É delicada tela, é cristalino bastidor no peito da menina. Riscar a íris sem usar de giz. Porque a porta da alma se desdiz, perde o brilho e ganha o tom de gris. Persigo esse bordado fiando nos olhares que são teus. Sabendo que tua alma iluminada se esconde num castanho singular. Ela caminha sem se revelar. Na busca matizada do teu despertar.

Ou... “Pelas bordas “
(Suzana)

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