domingo, 27 de março de 2011

O portador de jóias



A vida se revela jóia no colo de miúdos ais.
Recorro então aos retratos do “tempo dos cristais”.
Espalho pela mesa lembranças temporãs como quem quebra a casca contando as pedras da romã.
Pérolas rosadas, rubis da infância, um cordão de juvenis corais.
Vestida de tardes percebo aflita bordados com vidrilhos do jamais.
Procuro nas túnicas das noites topázios sensuais, braceletes cravados de beijos, colares em miçangas matinais.
Ametistas de silencio pousam em anéis sem par.
 Águas marinhas passadas, turmalinas lapidadas do desamar.
Encontro em mim turquesas do recomeçar.
Brilhantes safiras.
Eternas gemas do reamar.

Ou...”O portador de jóias”
(Suzana)

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