Pessoas passam pela tua vida escrevendo histórias.
Páginas viradas te assustam quando por descuido folheias um trecho do sumário.
As tintas potentes ferem o papel.
Em letras garrafais e enredos fatais.
As tintas potentes ferem o papel.
Em letras garrafais e enredos fatais.
Com o tempo se diluem porque urge que as apague,
caminhes e te abras a novos enredos.
Ficam na tua memória como um deslize de roteiro
- Imagine um kamikaze aterrizando num jantar à luz de velas!?
Outras são folhetos de cordel.
Te presenteiam a oralidade das façanhas penduradas nas cordas do cotidiano.
Te presenteiam a oralidade das façanhas penduradas nas cordas do cotidiano.
Te convidam ao matuto olhar aquecido em lenha sob o luar.
Se apagam cumprida a cantoria, e continuam tecendo estrofes nas páginas do dia.
Histórias de romance ganham muitas linhas.
Insônias e agonia.
Insônias e agonia.
Te trazem o desnorteio temporal em cenas alternadas:
te empurram do passado ao futuro e desse ao presente.
Como no cinema.
Como no cinema.
Acompanhas entre distraída e apaixonada na sala escura reservada aos teus dilemas.
Se esgotam na fartura das imagens, na mesmice das linguagens,
Se esgotam na fartura das imagens, na mesmice das linguagens,
ou num pesadelo non-sense de mudez total.
Histórias eternamente projetadas na sessão dominical.
Outras são curtas como os contos:
se escrevem com precisão, se apagam com emoção.
Em folhas de papel couchê. Repletas de clichês.
As de ficção são inventadas páginas sobrenaturais
que desafiam teus arsenais mentais
e evaporam quando decifras a capa dos sinais.
Passeiam na tua memória em orelhas encantadas.
De crepom.
E há histórias cara amiga, que são poemas...
Ou... "O papel da história"
(Suzana)
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