quarta-feira, 23 de março de 2011

De-lírios por Paraty







Noite clara.
Um grilo se acasala no bambual que canta.
Lírios da paz das matas de Paraty perfumam meu quintal.
Ganhos de Maria do Paço das Paixões.
Contam de pedras em calçadas quebradas em pé de moleque,
acendem lampiões na porta do sobrado destacando o tacho,
que no centro de um arcais de Açores,
é tão maravilhoso que provoca dores.
Ecoa em suas flores as serenatas das marés altas.
Balança no cortejo da procissão.
Um satélite corta a quietude das estrelas provocando a lua.
Metálico sapo em brejo alheio!
Espião!
Mascarado!
Saberá que tenho lírios de Paraty?

(Dos De-lírios por Paraty)

suzana

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