sexta-feira, 25 de março de 2011

Vida de Vento



Podemos apagar os endereços. E da varanda tentar um arremesso. Num “ponta pé a lua” transformar o chão em trampolim. E emergir do salto num solo ritmado de banjos. Uma aventura bem ao gosto dos anjos. Curar as asas quebradas, selar as velas rasgadas. Aventurar roteiros marginais. Reconquistar a nômade soberania de estar em todo o tempo de cada lugar. Reaprender com o vento a prometer aragens, a destelhar impasses, a arejar capuzes. Acompanhar o vento na corrida das nuvens, aterrizar com o vento nos mananciais. Reinventar a caravana mágica de estar no tempo de todo lugar. Chavear a parceria com novos andares. Levar o teto a conhecer as ventanias. Levar a porta a atender novos pensares que soam dentro de cada companhia. Podemos alugar o vento como moradia.

Ou... "Vida de vento"

(Suzana)

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