sábado, 2 de abril de 2011

Cais II



Inventei um som que retém o passo em mim.
Como um mantra antigo.
O acho numa esquina exata e imutável sem precisar revirar partituras na memória.
Ele está sempre lá, sentado em lótus, olhos fechados, respirando em sol.
O busco toda vez que os cardeais se perdem, ou vendavais se acendem.
É manso e lento como o andar de um marujo.
Cálido como uma lembrança.
Tão intenso como dançar um tango no cais cinzento de Paraty.
(Suzana)








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