Semeias palavras na madrugada que leio sonolenta e fascinada. São flores nas pontas dos teus dedos. Perfumadas. Todo o meu eu é refém. Estendo os pulsos, prisioneira. Mas são algemas encantadas. E a cela é inventada. Estendo os braços adormecida. Desejo ser colhida e libertada.
Em outra cena, num castelo, caminho entre castiçais. Trago no corpo telas tingidas, seda damasco, uma turquesa brilha em meu olhar. Persigo o som de sinos. Meu ventre dança livremente, é um alaúde vibrando em cordas matinais. Desejo ser interrompida e dedilhada.
Te encontro em tua tenda e tomo um chá. Passeio em teus segredos, “leio a sorte em folhas de hortelã”. Te enlaço levemente, anjo e cortesã. Desejo que me roube o amanhã.
Ou... Árabes contextos.
(Suzana)
Que delícia vir ao cais no fim da tarde, e decifrar mensagens...que chegam dentro de garrafas.
ResponderExcluirObrigada por compartilhar!
Beijos na alma.